segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Labregos!

Labregos! Uma das palavras que não ouvia há "n" tempo!
Por norma e acho que é um exercicio que muita gente faz é dizer a palavra muitas vezes a ver se lhe soa diferente!
Eu, não!
Por mais que diga a palavra labrego, labrego, labrego, soa me sempre ao mesmo! E palavras leva-as o vento!

Labregos, pessoal com cultura que não a aplica, pessoal que ressoa e que só faz é merda!

Calma, gente, chega pra todos!
A vossa responsabilidade ficou em casa?!

Ótários do caralho!

Tive um caso pratico de um individuo há algum tempo atrás, que aplica conselhos aos outros e quando se via ao espelho a ideia passava por meter uma corda ao pescoço! É da inactividade dos outros!

Sempre à espera dos outros! Caguei, desde sempre que ninguém espera por ninguém!

Foda-se, força! Foda-se forca!

Sem dó nem piedade!

Ah, porque tu odeias - dizem-me!

Pois odeio, e odeio pa caralho, filhos da puta! Que não têm noção do respeito e do que dizem e muitos do que fazem! E dos que não têm consciência do perigo que são para eles próprios! E odeio, sim! Odeio tanto que seria capaz de furar e torcer os olhinhos de alguns com uma quantidade de pregos ou garfos devagarinho! Ou prende-los a uma parede de grilhões e fazê-los comer merda, mesmo à idade média! Só para doer mais! Come, bebé! Faz-te bem! Chamem-me extremista! Sei perfeitamente que o sou!



Depois dizem-me- tu não tens consciência?!

Não tenho consciência?!? Vão pó caralho! Pensam que sou atrasada mental, só pode, incompetente e tudo o que é mau! Foda-se! Sempre fui conscienciosa até demais para não me deixar ir ao fundo do poço como vi muitos se foderem nas esquinas do charco! E sempre fui muito responsável no sentido em que soube o meu limite! Isto é o quê?! Irresponsabilidade ou estupidez?! Pois, ás vezes também sou uma estúpida! Por me deixar contaminar! Por ter posto à prova a minha capacidade de resistência!? Por me querer divertir?! Por amar demais os que me rodeiam!? Por querer que toda a gente esteja bem ao meu redor?! E então?!

Quantos já bateram à minha "porta" e nunca lhes foi negada entrada?!
O valor do meu ódio é igual ao valor do meu amor!

Directa, sou! Não dou palmadinhas nas costas! Não ando a lamber cus só porque não tenho amigos, como muitos fazem, nunca fiz! E todos eles me amam, ou me amam ou odeiam! E os que me odeiam é porque não suportam o facto de os desmascarar! E então?! Não compactuo com merda!  "É da inveja" como me disse uma amiga minha umas semanas atrás! "Não te preocupes, Anita! Longe está o tempo da comiseração!!"
Foda-se, ó Marta, comiseração?! Meto esta merda toda a arder e agora! Preocupo me sim, porque amo! Mesmo não gostando de muita gente pela merda que faz e que diz, amo! 

Existem pessoas que merecem o meu respeito, mas também há aquelas que não merecem respeito nenhum!
São as putas, mas não as que atacam nas estradas ou nos bordeis, essas têm muita honra, são dignas das suas escolhas ou da imposição da vida! São os que conspiram a fim de foder quem está ao seu lado e que se fodam os sentimentos!

Quando mais deviam fazer por se unirem, mais fazem por se afastarem! 

Raiva?! Tenho! Muita! Pelo facto de muitos se aproveitarem das fraquezas dos outros e depois mandarem nas à cara só para se sentirem poderosos! Quantos de nós o fazemos!?!


Sou hipócrita?! 

Queriam!! Que eu fizesse o vosso jogo de merda! Sou uma analista do filha da puta! Que fosse contra o que acredito só porque somos todos livres! Vão-se foder com a vossa liberdade! Liberdade presa em estados de coma! Liberdade inconsciente!

Já sujei os meus dedos com merda demasiado tempo! 

Integridade diz-vos alguma coisa?! Claro que não! É tudo mutável, agora, o que amanhã está mau, depois de amanhã vai estar pior! E cada vez mais a enterrarem-se! E depois desta, muitos que julguem a puta que os pariu!


Vão-se foder! Não fazem parte da minha "tribo" todos aqueles que se pretendem cínicos, enganadores, oportunistas, manipuladores e violentos! Ou melhor, não se fodam, libertem-se! Aprendam! Consciencializem-se! E talvez um dia falemos!






quinta-feira, 15 de agosto de 2013

Betinh@s do caralho!

Foda-se betinh@s do caralho, armados ao pingarelho, em parvos de caderninho de mão a tirar apontamentos de como se pode ser diferente! Só falta meterem risquinho ao lado e pintarem-na de cor de rosa... choque, para ser mais provocante! O belo do Pink Slut! Foda-se betinh@s do caralho a quererem mandar nos outros como se o mundo fosse só deles!

Foda-se, broncos de cáracter, limitados de personalidade, idiotas por natureza!

Olham-te na rua e pensam logo que és um animal do circo, amanhã faço pior, vou sem cuecas!

Betinh@s do caralho, que lá por terem guita dos papás pensam que me podem dizer como me fazer à vida!
Muito lixo ainda vão ter que apanhar! Sapos?! Engulam-nos vocês, hipócritas de merda!

"Vou fazer boicote ao trabalho mental", mando-os todos foder, trabalhem vocês as vossas próprias vidas!

Sempre a precisar do amigo, da prima, do avô ou da mãe para os levar a passear ou para lhes dar de comer, a fim de lhes fazerem as vontades! Vão mendigar a puta que vos pariu! Caridade a cona da vossa mãe!

Burgueses do caralho, que ensopam as mãos de sangue aos que se querem libertar deste sistema de merda  com que nos tentam oprimir!

Hipócritas nojentos que tentam a todo o custo passarem se por aquilo que não são!

Que se foda a vossa moral, a vossa filosofia de merda, nojenta e sem sentido! Betinh@s do caralho!


Então, pá!

Essa merda?!
Bomba ou não bomba?!
Tantas trelas, tantas tangas e andam a pedir ao beija-mão, misericórdia!?
Cãezinhos nas mãos dos outros! Foda-se!
Sentimentos de culpa!?
Ou não será mais um lambe cus que ainda não saiu do armário! Tal como os outros que pensam que isto é tudo à brava! Gozo com esta merda toda! E sem qualquer arrependimento! Há prostitutas mais sérias e mais honestas, são as que as fazem por vocação! Como eu!
E os sonhos molhados?!
Quantos foram!?


Tanta raiva!
Tanto nojo!

E a insubmissão?!
Gostam?!
De andar a fugir aquilo que vos perturba, há de haver pessoas que não dormem à noite!
São as curtem a vida sem limites!
É uma desgraça, não é?!
Oh!
Falam muito é o que é!
"Venha a mim, venha a mim, tudo o que por eles fiz!"
Parece que vão à igreja implorar para que lhes dêem atenção!
Isso anda assim tão mal?!
É tão bom, não é, rir mo nos do que nos fazem!
Ahahahaha

E quando mais rio, mais vontade tenho de explorar!

quinta-feira, 11 de julho de 2013

Merda à mais ás moscas!

Existe uma grande diferença entre o que é ser um ser humano e um ser "vivo"-morto! Errata à parte, (que se lixem as regras da boa escrita) a bicharada que faz ronron, ladra e grasna não conta!
Um ser "vivo-morto" é aquele tipo que vive sem interior, ausência de sentimentos, complexos de inferioridade, são assim do género robot, o hedonista parasita! Existem hedonistas bem giros e bem directos, com pinta, afinal de contas, os olhos também comem, eu por vezes também sou uma hedonista, mas com cabeça, tronco e membros, se não tiver a massa ce(fálica) muito atafulhada! De vez em quando é fixe curtir um gelado com três bolas cheias de manga, chocolate e menta! Dá-me prazer ao cerebro!
O ser humano é aquele que admite e vive o seu lado bom, o seu lado mau e principalmente aquele que reconhece o seu lado negro! Conheço poucos, mas bons, posso contá-los pelos dedos!
Falando em dedos, conheço um ser humano que ontem tatuou as mãos, fui com ele ver a sessão, escreveu igualdade numa e verdade na outra, boa escolha a todos os niveis, assim a titulo de pistola, de cada vez que levanta o dedo indicador é totalmente vísivel a bala, eu por mim, tatuava uma cartucheira de palavras, tais como respeito, sinceridade e partilha!
Acho que existem demasiados maus hedonistas por este mundo fora e o pior é que muitos só se revelam mais tarde, pá, a sério, era fogo nos gajos todos, eu era só chamuscada, para me fazer derreter o gelado!
Ok, mas não vamos falar de mim, eu sei bem o meu lugar neste mundo miserável cheio de parasitas, é como ir fumar uma ganza ao jardim e de repente tenho assim uma data de pessoal em cima a dizer: "Nina, dás me uma mortalha, nina deixa aí fumar uma beca, nina, és muita gira" Eheheh, podem dizer:" Foda-se, esta bacana fala em partilhar e depois chama parasitas a quem lhe pede uma mortalha?!" Népia, nada disso, mortalhas eu dou, passas também, mas fazerem disso uma desculpa para puxarem a brasa á sua sardinha de uma forma tão involuntária de cravanço que eu até reviro os olhinhos só de saber que tenho de ter a rectaguarda salva quando dou lume ao charuto, é obra! Passemos à frente!

Ontem, tirando as moscas, foi um dia brilhante, voltei a ser criança no parque infantil do jardim do Principe Real, quando cheguei, deu-me vontade de experimentar os escorregas, os baloiços e assim foi, brinquei tal como a minha cria, obviamente que as moscas não tardaram a olhar e a fazer cara feia como quem pensa: " É pior que a filha" mas o mais cómico foi ver depois um pai a fazer o mesmo, ehehehe, foi lindo, consegui pelo menos despertar uma consciência a deixar os seus preconceitos e acreditem que foi um prazer vê-lo andar no andarilho!

Dei uma volta, encontrei uma amiga aí do andamento a fim de beber uns deliciosos licores vindos do Hellfest, programar o brutal fim de semana que vem com uma festa do progressivo "hasta la mañana" com direito a guest list, levei a minha filhota ao bairro alto a ouvir um rock n´ roll à antiga e comemos uma pizza oferecida pelo meu vizinho. Foda-se, a Ana voltou aos seus tempos antigos, irónica, critica mas extremamente divertida! Foi fixe, bem nice, o que não é nice é que qualquer coisa que vista seja quase sempre alvo de olhares maliciosos e provocadores como se me comessem com os olhos, foda-se mais ás moscas, parece que já não podem ver uma miúda com um decote mais profundo, pensam logo que isto é "toma lá, dá cá", bem, alimenta-me o ego, sem dúvida, mas foda-se, não sabem pensar noutra coisa sem ser em sexo! E por causa do sexo faz-se tanta estupidez!
Lembro-me de uma amiga que se meteu numa embrulhada com um mentiroso que ao fim de uma semana de estar com ela se enrolou com outra e a desculpa foi: " não me lembro, tava cos copos, nós até nem temos nada assumido" quando o gajo teve o descaramento de lhe contar primeiro que se tinha encontrado com ela mas que não tinha acontecido nada, foda-se, meus, isto é anormal, não?! Não, isto é normal, sim, nos tempos que correm em que o pessoal acha que se pode orientar só porque têm uma boa cona ou um bom instrumento masculino e que pensam que as mentiras nunca são descobertas! Sabem, o problema é que a chavala nunca mais conseguiu confiar no tipo mesmo querendo levar a relação para a frente e ainda foi acusada de ciumenta e mais uma quantidade de coisas horriveis quando o caso deu para o torto! Conas que aconatecem, é verdade! Lembro-me sempre da palavra verdade, a mesma que o meu amigo tatuou, diferente da verdade que muitos apregoam: "olhem para o que digo e não para o que eu faço" Faz-me logo lembrar o Salazar moralista que comia só uma sardinha porque o pais vivia em desgraça e depois matava "pretos" em África! Era para haver menos bocas a alimentar, assim gastava-se menos dinheiro e tinha mais ouro para roubar ou por exemplo, aqueles que não querem dar estrilho das cenas que fazem, como chamarem chib@ a quem uma vez comentou o facto de terem um ovo podre para atirar numa manif e depois nas redes sociais quase que gritam "tenho droga perto de casa" ou ainda aqueles que saem à rua erguendo os punhos fechados atrás de uma bandeira negra e depois são uns filhos da puta para os seus semelhantes da luta! Salazaristas, hedonistas, conspiradores e mentirosos, encontro todos os dias! São moscas, as mesmas que andam aos ziguezagues à procura do melhor cagalhão para pousar e fazer ninho, normalmente ninhos atrás das orelhas! Porque um povo bronco, limitado e inseguro é mais facil de manipular! E eu, pelo facto de ser um pouco insegura, também já houve quem quisesse manipular aqui a bela flor, e o que mete mais raiva é que conseguiram, mas nada que não se aguente, afinal, é assim que se aprende!
É o Portugal dos pequeninos, mas não é só por cá, o mundo inteiro parece um penico cheio de boa merda á espera da mosquitagem que descrupulosamente se aproveita das proteínas fecais de tanta gente com bom carácter!

Voltando ás tatuagens, lembro-me que nos anos noventa, era moda tatuar chávenas de café, bostas de vaca e ovos estrelados pendurados por uma mola, tenho um amigo que tatuou um cifrão na pila, mostrou me um dia, com um ar meio envergonhado, mas confiante na minha opinião : "Anita, curte só!"  não pude conter a gargalhada sonora, "foda-se, assim ao menos quando ta chuparem, pelo menos que percebam que só te chupam a pila e não o dinheiro" é quase a mesma história da bacana que queria fazer uma surpresa ao marido e tatuou um B em cada nádega, porque era fã da Brigitte Bardot e quando chegou a casa, viu a esparragamada de costas na cama e exclamou: "querida, quem é o Bob?!"

Já pensei em tatuar uma grande cona na testa, para que quando olhem para mim, pensem duas vezes e pelo menos, posso sempre dizer directamente sem ter de articular uma única palavra: "Opá, não me fodas o juízo!



terça-feira, 18 de junho de 2013

Botija de gás!

Elá, pessoal da pesada, pá, o mundo anda virado do avesso, é só confrontos e conflitos por esta terra fora, mas o que mete mais raiva nisto tudo são os conflitos interiores que algumas pessoas teimam em continuar a alimentar! Foda-se, arranjem um psiquiatra!

Eu própria já sofri disso, fiz auto-terapia, escrevia aos molhos, percebi que não me fazia bem à saúde tanto ódio e tanto rancor e por causa disso aprendi a dizer a palavra não, a palavra nunca não faz muito sentido, pois muitas vezes dizemos: "ah, nunca isto, ah nunca aquilo e depois acabamos por voltar a comer no prato onde cuspimos!

Hoje é um dia especial, não preguei olho durante toda a noite e poucas horas do sol nascer, no meio das nuvens apareceu um arco iris para me fazer sorrir! E que belo sorriso que dei, agora já posso mostar os dentes, estão branquinhos, dantes eram escuros por causa do tabaco e das merdas todas, ando a pensar deixar de fumar, os pulmões um dia dão de si e depois é o bom e o bonito! Mas com tempo, talvez o faça!




E estava a dizer, aprendi a dizer não, essa palavra tão bonita que os meninos mimados não gostam de ouvir!
Dizer não à violência, seja ela de que tipo for, numa relação conjugal ou em qualquer relação, é o melhor que se pode fazer, tirarmos as ilusões da cabeça começa a ser o primeiro passo para não voltarmos a cair no mesmo erro! E que bem que eu ando, foda-se, livre que nem um passarinho! E de cabeça erguida, ainda ontem bebi um copo de água cá com uma satisfação!
E tenho umas asas que em duas horas chego a Barcelona novamente, espero apenas pela confirmação de uma amiga que me vai dar guarida na sua humilde ocupa pseudonihilista, a ver, a ver, não vou mandar foguetes antes da festa, pode-me sair o tiro pela culatra!
Se tudo correr bem, vou encontrar um velho "amigo" que não me sai da memória, o mágico da cartola!
Bem, pelo menos os dentes já estão branquinhos, já se pode dar uns bons beijinhos! E com respeito, porque o respeitinho é bonito e eu gosto! E por acaso é bem respeitador! Levou me a um brutal concerto  crust hardcore e não me largou um minuto! Foi pena eu não ter levado uma muda de cuecas a mais porque senão tinha sido logo ali á entrada da bilheteira e garanto que nenhum de nós dizia não!
É tão bom poder dizer não, dizer basta, dizer chega, dizer chega pra lá!
Sou uma miuda que aprende com o tempo,devagarinho, mas aprendo, uma sonhadora do cacete, mas até agora sonhar não paga imposto, vou continuar a sonhar, mesmo que se pagasse fazia um manguito ao ministerio dos sonhos!
Como estava a dizer, sentir esta sensação de liberdade tem sido a minha maior conquista, não quero falar de barriga cheia, mas hoje, especialmente hoje nada me pode estragar o dia, espero que por daqui em diante seja sempre assim!
Ah, deixei de fazer as vontadinhas ao pessoal que achava que isto era tipo pau pa toda a obra, descarga de colhões e especialmente saco de boxe! Foda-se, pá, a paciência tem limites e acreditem que eu tenho uma paciência...
 
Anda tudo mamado dos cornos ultimamente, andam doentes, deve ser dos tumultos mundiais, gostava de ir até á Turquia ou ao Brasil para os apoiar na luta, só cá na tugolândia é que são todos cornos mansos, bem, nem todos, existem alguns que ficam com uns cornos quando vêm alguém feliz, vou vos dizer, mas eu acho que isto é tudo porque como têm tanta tristeza lá dentro que não conseguem suportar os sorrisos dos outros e depois...depois... insultam, chingam, criticam, julgam, pressionam, tiranizam, trinta por uma linha, não se dão conta que os únicos perdedores são os que alimentam o seu próprio ódio! São uns fascistas do carilho, sim, do carilho, caralho é falta de respeito!
Numa noite cómica em que fui parar à esquadra de Queluz por uma estupidez de putos armados em autoridade, uma amiga já mais velha disse-me: "as pessoas não mudam, revelam-se, é apenas uma questão de tempo"! Tem toda a razão, eu própria já o fiz, tentei ser diferente para agradar aos outros, até me tornei vegetariana e tudo, digam lá se isto não foi uma grande mudança, o maior problema é que de vez em quando dá me uns ataques de gula e lá vou eu despedaçar um bom pedaço de cadáver, por isso, isso dos veganismos já lá vai, como o que me apetece! Digam-me, isso faz de mim uma pessoa menos humana, menos altruísta?! Claro que não, pelo menos sou eu própria!
E não dou graxa aos meninos como muitos fazem para engatar gajas, até fingem ser amigos das mulheres e depois destilam odio pelos poros só porque, coitadinhos, disseram lhes que não, isto é coerente!? Sabem o que é?! Perderam o controle, sentem-se perdidos e agora como um bom menino de coro, achasse no direito de dizer raios e coriscos, bem, eu também não sou boa peça, mas decididamente não vou chegar ao mesmo nivel! Tenho um caso prático e desculpem lá, mas eu não posso compactuar com aquilo que não concordo, era um bom tema de conversa, mas prefiro manter o silêncio, a chibaria é função de policias e longe de mim certo tipo de corja, isto de sermos violentos e depois para dar uma foda fingirmos que somos um paz de alma, foda-se, viver livre ou morrer, se me quiserem pagar a renda e as despesas, até se pode dar um jeitinho, mas é só porque me convém, mas as relações de conveniência nunca dão bom resultado, (aqui a palavra nunca é bem empregue), pode-se sempre pagar com sexo, mas como o sexo é poder, eu descarto essa arma, prefiro a escrita, a minha intimidade só a mim diz respeito e não é para "dar" a terceiros,  E principalmente a quem eu já por algum tempo atrás vinha a sentir um certo asco, não pelo corpo que tem, mas pelo facto de assistir em silêncio á quantidade de hipócrisia e conveniência que certa ou certas pessoas lhe dá, bem, podem dizer que tenho o orgulho ferido, é possivel, afinal de contas, a culpa foi minha, iludi-me, fodi-me, mas ok, novas conquistas interessantes se avizinham, tive quase, quase para ir pra freira, bela freira que dava, tudo em segredo, havia de ser bonito a devassidão!
Começo a gostar de mim, foda-se, ando mais contente, as pessoas até olham para mim de uma maneira diferente, o faceshit foi á vida de vez, agora sem os setecentos amigos, dá para perceber quem é verdadeiramente quem, e acreditem que estou a gostar!
Na semana passada fui a Beja ao festival Santa Maria Summer Fest e fiquei deveras impressionada com o que vi, um dos meus amantes de juventude a quem eu persegui algum tempo (o tempo em que eu acreditava em principes á pressão) descartou-me de me cumprimentar, apesar de eu ter reparado na situação, desvalorizei e fiz me de parva (sim, porque eu sou uma parva), no dia seguinte foi perguntar a um dos meus amigos do acampamento em segredo se eu estava fixe! Opá, a sério, meus, isto é de gritos!
Bem, mas foi só um pormenor!
Gostei das atitudes dos meus colegas de acampamento, apesar de no meio da punkalhada haver sempre disturbios, tive uma moça que durante o concerto de Doom me veio abraçar, simpática!
E gostei de ter feito o almoço para todos mais o meu irmão Teddy e terem nos agradecido pela bom piteu que fizemos, tudo de borla, porque aos amigos nunca se cobra mesmo que estejamos zangados, quem nunca teve uma má acção, levante o braço! Ena, tantos inocentes! Quando andávamos na vadiagem tinhamos um lema. "street loyalty" e apesar de vários anos já terem passado, acreditem que ainda continua a vigorar, pelo menos comigo, bem, mas lá está, só quem viveu isto é que pode contar! É como nos conventos, só sabe o que se passa quem vive lá dentro!
Como eu me considero uma miuda super divertida e pá, a sério, não me fodam a felicidade, ando nas minhas sete quintas, bem, tirando a divida nas finanças bem que isto poderia andar melhor, talvez fazer uma semana de férias em Barcelona me dê bom ânimo encontrar o mágico, fazer um truque de magia e depois vir-me embora, acredito piamente que nunca mais se iria esquecer e seguramente não seria preciso pagar com bajulações nem com ataques de feminismo!




domingo, 3 de março de 2013

Filhos em mulheres alheias!

Carta escrita por uma consorte, no acampamento da familia Viana Gentil, nunca enviada aos seus remetentes!

Viana do Alentejo, 18 de Agosto de 2012

Não sou gaja de emprenhar pelos ouvidos, mas realmente começo a acreditar que devia usar umas "camisas de venus", não vá o diabo tecê-las da proxima vez que me vierem com grandes histórias da carochinha.

Ando em viagem estes dias, mas como a minha fome pela escrita fala mais alto, nada melhor que entre um copo de cidra e uma bela noite de luar por terras do Alentejo, venho aqui deixar a minha mensagem, não sei se de agonia, se de raiva ou de nojo, mas também quero lá saber.

Bem, vamos directos ao assunto: Sra Dona Puta de Merda, vim a saber que vossa excelência gosta de arrebatar e de cercar quem não quis pa seu companheiro, não precisa esperar até ao natal, até porque já deve ter se feito á vida e á picha assim que soube que eu tinha caído fora, sim?! Já para não dizer nos conselhos que gosta de dar ás outras! Sr Cabrão Ordinário, tenho pena que assim tenha sido, afinal de contas andava mortinho por lhe saltar á espinha, né bebé, vai papar o arroz, estava bom, não estava?! Espero que não tenha tido nenhuma indigestão! E escusavam de disfarçar a bela da canzana que devem ter dado atrás da porta na casa de sua alteza aquando da sua visita aos aposentos.

Pois, eu não tenho mais nada a perder, sabem!?
Sua grandessissima puta e seu grandessissimo cabrão, engoliste só o orgulho de teres ficado tanto tempo sem lhe falar ou engoliste também a merda da meita que lhe saía da cona enquanto fodiam nos meus lençois.

Nunca vais conseguir ter uma gaja como eu, sabes!
Nunca vais conseguir ter a destreza e a vontade que eu tenho de vencer!

E depois vem com altas moralismos, pá, puta que te pariu diz te alguma coisa, as videntes não acertam pois não, os retiros dos ciganos não funcionam pois não, puta que pariu a tua amiga também, a vacarrona que afinal de santa não tem nada e não passa de uma cinica de merda, bem, mas isto eu também sou capaz de lho dizer na tromba!
E os jogos?! E as mensagens indecorosas que lhe deves ter mandado ás escondidas?! Não foi a única, afinal os escravos servem para alguma coisa.

Bem, falemos de assuntos mais sérios.
Isto não anda nada bem, afinal de contas, os loucos nunca têm razão, espero que não vás depois dizer que a culpada sou eu, quando eu sei a verdade todinha e que bem camuflada que andava!

Não te quero mais ver na minha vida, faz o favor de nunca mais me olhares na cara, porque pa ver merda, é só deslocar me ali á etar da zona, ou não, prefiro até comer assim um quilo de bananas pa depois me cagar toda, ao menos a merda é minha e como a merda vale ouro, pelo menos a minha, prefiro ter uma diarreia valiosa do que olhar te pra fronha! E que bela tromba tens tu, espero que um dia saias á rua e não leves um chapadão sem saber de onde vem e digas que fui eu que encomendei a tareia, já que eu tenho fama de chamar os ciganos para fazer o trabalho sujo! Por acaso merecias levar nos cornos, deixarem todo ensanguentado e á beira da morte no hospital, a definhar cheio de dores e ligado á maquina do oxigénio! Queria saber quantos amigos te iam ver!

Enfim, depois disto vão dizer que elouqueci, odeio relações extra conjugais, ainda por cima não consentidas, os cornos da outra devem ter crescido uns metros, o piercing até já se deve enrolar na cornadura, coitada! Tenho pena de pessoas assim, que não sabem ser pessoas e então tornam se escória, sabem o que é escória assim em sentido figurado?!

Eu vou continuar a minha viagem, estou a meio de um caminho muito bonito, na volta pra cá talvez traga novidades, vim aqui dar um salto porque há quem não acredite em bruxas e as mande foder, mas na verdade elas existem!

E até podem fazer assim uns filmes muita bacanos, talvez um guião pa cinema, mas eu estoy me bem a ralar, como disse já não tenho nada a perder e acho que eles também não, eles, os meus guias que eu tanto quis desenvolver e parece que afinal não é assim tão dificil.

Novidades nem no continente, porque eu sou uma gaja extremamente inteligente, paranoica, mas boa gente.
Só não queria era ver me virada ao contrário, não iriam gostar de ver a minha vida exposta, mas como eu sou uma gaja fixe e como não emprenho pelos ouvidos, deixo só aqui uma dica, não me queiram passar por parva, porque acabou-se a mama toda!

E tal como o engenheiro da Tv Rural dizia ou não, já não me lembro.

Façam o favor de serem felizes

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

O armário!

Encontrei há dias uma amiga, fui fazer-lhe um armário, tremia.
Como uma onda de tristeza angustiante, o seu semblante era frio, sem forma, os olhos brancos, o espirito morto.
O corpo estava inerte, sem reacção anímica ao meu mais leve toque. Todo o seu interior estava desolado e entre arritmias cortantes, o choro compulsivo entre intervalos de tranquilidade absorvia-lhe o peito como uma pedra no seu lugar.
O buraco no estômago ao qual se agarrava teimava em queimar as paredes do seu minúsculo quarto.
Disse-me que tinha tomado banho e que por momentos tentou arrancar com sabão pedaços de si pela repulsa dominante.
Chorámos junt@s sem querer saber a razão pela qual estava assim.
Confessou-me que estava a viver o momento, o presente.
Como quem nunca tinha feito isso, pela primeira vez fez o que era correcto.
Nunca tinha sentido alguém sofrer por algo que outrora eu vi sorrir como se observasse uma libelula beijando um nenufar.
O presente, disse-me.
Não me quis contar, e aí pressenti que se não lhe desse um abraço, a sua dor iria ser maior.
Não sei o que foi, mas sinto que o que magoa é maior que qualquer sentimento supremo, a liberdade da confiança ganha, a pertença, a partilha, a segurança que ela conquistou por momentos sem fazer projecções, foi lhe retirada como uma flecha que atravessava uma rocha.
Assume as suas falhas enquanto humana.
Passei lá a noite com todo o respeito que nos assiste, tendo plena certeza que me estenderia a mão caso estivesse no seu lugar.
No dia seguinte quando a olhei, dançou, sorriu, saiu, fez o seu dia normal como irá fazer todos os dias da sua vida, um dia de cada vez.
Viver o presente.
Esta mulher de que vos falo é uma mulher que através das suas experiências se está a tornar cada vez mais forte e mais quente do que rocha liquida, esta mulher de que vos falo é uma mulher que continua a enfrentar os seus medos, que se liberta de cada vez que atinge os seus objectivos, arriscando a sua felicidade como se a sua vida fosse um castelo de cartas, que mantém a sua integridade, que mantém limpos os seus ideais, a sua cabeça e que aos poucos está a aprender a mudar a sua maneira de agir.

Existem pessoas que vivem verdadeiros conflitos interiores e a solução passa muitas vezes por manda-los cá pra fora.
Existem pessoas que se refugiam em outras tal como se refugiam em gaiolas dentro de si.
Existem pessoas que ainda não se aperceberam que se não se tornarem verdadeiramente independentes e se libertarem a elas próprias nunca poderão ser livres para com os demais.
Existem pessoas que continuam a viver do passado e não se dão conta que se não mudarem isso nunca vão conseguir alcançar a felicidade que tanto desejam.
Existem pessoas que vivem dentro de um armário porque têm receio de vir cá pra fora e abrirem-se sem medos, com vergonha muitas vezes do que os outros possam dizer ou pensar.
Existem pessoas que vivem uma depressão interior por si próprias e que se não se entregam ao mundo e aos outros verdadeiramente, assim, continuarão cegas agarradas aquilo que as faz sofrer.

Ao vir-me embora depois de lhe ter perguntado se ficava bem, sorriu, agradeceu o conforto e respondeu-me apenas com que nunca o seu bater esteve tão sangrento como se fosse uma alfineteira gasta.
"isso do coração...afinal...não é um mito"

O armário tal como o seu presente não fica por fazer... porque já há algum tempo atrás que começou a viver o agora...o passado esqueceu e...o futuro...não lhe interessa...

A mim, resta dizer depois do que vi, sem pretenciosismos, gostava de um dia conseguir ter a força desta senhora.

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

Um dia de cada vez...

Olá a todos, vou fugir á regra neste blog e desta vez não vou criticar, vou dizer-vos a todos, amigos e conhecidos muito OBRIGADA, por me lerem, por tudo.
Há dias em que me apetece gritar que estou feliz, há dias que apetece esconder-me, há dias em que oiço música pesada muitas vezes porque o ruído me faz esquecer as amarguras e não me faz pensar, há dias em que oiço música calma pa me sentir tranquila, há dias...

Admito sem necessidade de me justificar que por vezes me apetece chorar por mim, pelos outros e por todos. Não sou propriamente a santa que muitos possam julgar, sempre em prol dos fracos e oprimidos, mas gosto de ver toda a gente sorrir, muitas vezes sem sentido...

Não tenho medo de assumir as minhas derrotas, embora muitas vezes me custe engolir, mas no final de tudo serei eu a vencedora, porque a vida é mesmo assim, feita de dias... e todos são diferentes.
Sou sensivel, sou e frágil como muitos de nós que têm coração e não tenho medo de o dizer, sofro muitas vezes por dá cá aquela palha, por vezes sou ingénua demais porque acredito no ser humano. E vocês?! Acreditam no ser humano?!
É dificil, não é? Deve ser por isso que muita gente sofre, muitos sofrem em silêncio porque estão fartos de levar nos cornos, foram demasiado magoados para se voltarem a abrir novamente e voltar a sorrir. Prometi a mim mesma acreditar sempre, mesmo que isso me magoe, porque é assim que cresço por dentro sem medos de me voltar a entregar, as desilusões fazem parte da vida tal como as alegrias.
Há uns tempos atrás eu não acreditava em nada, muito menos que as pessoas gostavam de mim, até ao dia em que me libertei das minhas próprias opressões e comecei a viver, e a vida mudou, mudou tudo, até o relacionamento com muita gente.
Continuarei a acreditar tendo plena consciência de que existe sempre quem me tente fazer desacreditar, a esses, lhes digo obrigada pelo confronto, lhes digo olá com um sorriso porque a vida não é assim tão má, nós fazemos a nossa própria vida e se a não têm, arranjei-na á vossa maneira, sejam felizes.
Por vezes temos atitudes que só depois percebemos que foram erradas e não é fraqueza admitir que as tivemos, a mim custa me muitas vezes, mas como cada acto que temos tem um efeito e é antecedido muitas vezes por uma causa...reside aí a minha reflexão... as causas.

As desculpas não se pedem, evitam-se não é?! Pois eu quero mais é que se foda este cliché! Alguns fazem sentido, mas este é completamente irrisório quando se tem uma acção irreflectida. Sou teimosa, perco muito com a puta da minha teimosia, por vezes e com a falta de paciência.

Isto é só um desabafo, podia o fazer em silêncio, mas gosto de partilhar as alegrias e as tristezas sem medos. Houve quem me dissesse um dia numa conversa restrita que me exponho demasiado, mas eu sou mesmo assim, não consigo estar calada, agora a ralhar, agora a rir, agora a dizer bacuradas, eheheh

Aos amigos e conhecidos a quem não conheço pessoalmente e que de longe tem sempre uma palavra e a quem não simpatiza muito comigo, lamento, eu sou assim, obrigada, obrigada, obrigada (já pareço a Amália) :D pela vossa companhia, pelo vosso apoio, pelos confrontos, pela vossa ajuda quando eu já estava quase sem esperança, especialmente pela vossa confiança, pelo carinho que me têm, por saberem que podem contar comigo para o que for, agradeço as vossas confidências, as vossas experiências, as trocas, as conversas inteligentes e as parvas, as piadas secas e os sorrisos, agradeço o vosso amor acima de tudo, pois como me disse uma vez um amigo, o Amor é só um. Vocês, Eu, os Outros, a Terra...e quem dá Amor sem intenção de receber um dia será recompensado em si mesmo.

sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

Pessoas

Durante muito tempo andei cega, sabem, durante muito tempo vivi o "meu mundo", era de algum modo extremamente anti-social que até metia nojo, mas o mundo não é meu nem não gira à minha volta e ainda bem, porque assim conhecendo pessoas, tenho o privilégio de partilhar com os outros, o que tenho de bom e o que tenho de mau e só assim me conheço.

No decorrer da minha vida continuo a conhecer pessoas que muitas vezes nos surpreendem e outras que nos desiludem e estes sentimentos tenho de os considerar ambíguos, pois considero que sendo imparcial a certas coisas, há outras que eu não posso deixar passar.

Conheci uma pessoa que me fez abrir os olhos de alguma maneira, no entanto ao que parece, os conselhos e os confrontos que me deu e o que me fez sentir parece que não os aplica, o que me leva a crer que afinal de contas, para quem criticava e julgava tanto, no fundo, faz o mesmo.

É extremamente triste sentir que existem pessoas que preferem refugiarem-se nos seus pensamentos ou noutra coisa qualquer e preferem sofrer, muitas vezes sem sentido, com medo de viver, com medo de sairem cá pra fora!

Eu já fui assim!

Lutem, caralho, mandem cá pra fora a vossa revolta, vivam! Coragem! Trabalhem o vosso ser, demora por vezes, mas o sabor da vitória sabe-nos a mel. Façam por vós, nunca esquecendo os outros, mas lutem!

A vida é assim, não há lugar para quem amolece, para quem se conforma, para quem se submete, muitas vezes parece nos atroz, mas se não houvessem dificuldades, a vida perderia o sentido, pelo menos para mim, porque assim não me transcendia, não me superava e é tão fixe saber que conseguimos, basta fazer um esforço, perder o medo e essencialmente confiar em nós mesmos.

No entanto, sou da opinião de que cada um sabe de si, mas custa-me ter amigos que não se conhecem a eles próprios, ou então preferem não se conhecerem, são família, entristecem-me. Vão pela via mais fácil, nunca gostei de coisas fáceis, faz me falta a adrenalina, faz-me falta a aventura, faz-me falta sentir o coração pulsar, faz-me falta a vida que é tão curta e que tem de ser aproveitada ao máximo.
Por vezes desesperamos, perdemos a esperança, entristecemos, mas ninguém é de ferro, certo?!
É nas dificuldades da vida que percebemos a nossa força.

Quero pedir a tod@s os que se consideram meus amig@s e não só que nunca desistam dos vossos sonhos, que agarrem a vida com unhas e dentes e que deixem de se preocupar com coisas futéis, com a mesquinhez, o egoísmo, com a intolerância, com a competição entre "irmãos", com a cegueira interior que muitas vezes nos faz ter comportamentos ridiculos, só nos destruímos e perdemos a noção de nós mesmos, porque no fundo somos todos "familia".

Familia - nome que designo por quem me quer bem e vice versa e não pelo grau parentesco. Muitas vezes é á nossa familia que magoamos mais, porque sabemos que eles nos amam e porque pensamos que aguentam tudo e aguentam, sim, até ao dia em que a paciência se esgota e deixam de nos querer ouvir, no entanto, seja de que lado for, nunca perdemos o carinho por eles.
Não é possivel mandar na vontade dos outros se eles mesmo não tiverem vontade de o fazer, de se conhecerem, de se enfrentarem.

Lembro-me de um emprego que tive que deixei há algum tempo em que ia almoçar ás três da tarde só para não falar com ninguém, tinha medo que houvesse alguém que se sentasse na minha mesa para saber coisas minhas, porque achava que ninguém me iria levar a sério, que poderiam não gostar de mim.

Sabem que mais?! Quero mais é que se lixe se gostam ou não, no entanto existe algo chamado coerência consciente e é através dela que vou mudando as minhas partes más e aperfeiçoando as minha partes boas, aprendendo com a minha experiência e com a experiência dos outros e assim partilhando amor no sentido mais lato da palavra.

Sem isso o mundo nunca poderá ser um sítio melhor.



domingo, 23 de dezembro de 2012

Nó na garganta...

Hoje, durante todo o caminho para casa que percorri vim concentrada no aperto que trazia comigo...e vim a recordar a conversa que tive e não só hoje, mas durante os últimos dois dias, vim retrospectiva...

Por muito mais que me digam que a crise veio fazer com que as pessoas estejam mais solidárias, isso não deixa de ser uma solidariedade momentânea...espero que assim que estiverem de barriga cheia, não olhem com desdém para quem tem menos e se esqueçam que antes já estiveram assim e se esqueçam que podem vir a estar pior nos tempos vindouros...e pode haver quem nunca lhes valha...

Parece que as pessoas hoje em dia deixaram de se preocupar umas com as outras, vive-se de tal modo num sistema tão consumista, tão limitado que as pessoas quer queiram quer não, dão se como vencidas...e caem num desespero tão grande que por muito mais que se tente esgravatar, há-de haver sempre um filha da puta para nos tentar deitar ainda mais abaixo, que nos tente enganar, que nos tente oprimir, têm gosto em fazer mal uns aos outros, sádicamente e isso não tolero...nem comigo, nem com ninguém...

Falta-nos humanismo, deixámos de pensar no colectivo, não nos conseguimos colocar no lugar do outro...não querem, sequer darem se ao trabalho de o fazer...e como alguém disse...contribuiu-se para engrandecer a bola de merda...

Não se consegue ter consciência assim tão facilmente da troca de posição, e isso é tão frustrante...dá me ideia que se entregam à sua própria desgraça quando se esquecem de que vivemos tod@s num poço nojento e se não conseguirmos fazer a diferença connosco mesmo, nunca vamos conseguir mudar nada...e isso tem de começar inicialmente dentro de nós...custe o que custar...doa o que doer...

Passo a portagem da autoestrada e ao pagar digo ao portageiro: " Hey, se você e os seus colegas durante um dia deixarem  todos de cobrar os tickets, isso é que era?!" - "Não, respondeu me prontamente, sou despedido, quem me traz o pão à mesa, quem alimenta os meus filhos?!" "Falta-vos união, duvido que o patrão vos despeça todos ao mesmo tempo durante ou até após o vosso boicote...chefe... é Natal...pensem
nisso, não vistam a camisola do opressor, porque são vocês os principais causadores da vossa opressão" - apelando ao irónico sentimento "solidário da época", arranquei com o carro, segui o meu caminho...mas vim a pensar não só na resposta do portageiro, mas na imensidão de pessoas que conheço que sofrem do mesmo mal...do medo e muitas com medo de si próprias...de arriscar...de arriscar algo que as faria sentir mais fortes ao ultrapassarem as suas barreiras interiores...em se sentirem vencedores consigo mesmo...e unid@s...consegue se vencer o sistema...ou pelo menos abaná-lo...

Voltando ao portageiro, não deixa de ter razão, seria supostamente despedido, mas eles vão ser despedidos na mesma, continuam a substituir mão de obra por máquinas e se fossem todos despedidos colectivamente, quando tempo a empresa  demoraria a repôr todos os postos de trabalho?! Pois é, são apenas pormenores...mas são pormenores que depois se vê como resolver...em colectivo...e ali no acto da revolta...que tal ocuparem as cabines...todos...e venha lá quem vier...chamem me complicada, mas seria tudo tão simples se se criasse mais soluções em vez de se alimentarem problemas em cima de problemas...que já existem...

Continuo com o nó na garganta, pensei que se fosse embora se passasse a preocupação e os sentimentos cá pra fora...mas não...tenho esperança que amanhã me aconteça algo que me faça esquecer tanta podridão e que me dê vontade de sorrir...que me tire esta corda que tenho agarrada ao pescoço, esta puta desgraceira que nos rodeia em que cada um nasce, cresce, sobrevive e morre sem ter feito nada sobre si próprio que o transcenda...em sua prol e em prol dos outros...e assim se foi mais uma vida que poderia ser importante ao seu semelhante e por puro "egoísmo inconsciente ou falta de amor próprio" prefere ostracizar-se a si mesmo como se não tivesse mais luz dentro de si...



segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Confesso...

Que há dias em que gostava de ter outra vida...ser menos agressiva...não consigo, já disse...
Esta merda é para se viver...sempre de cara erguida, de punho no ar...
Confesso que há dias em que gostava que os sonhos se tornassem realidade...
Sonhar demais por vezes faz nos mijar na cama e a mim há coisa de dias aconteceu-me isso, sonhei novamente com o mesmo sonho, estava dentro do útero da minha mãe e a minha cama encheu-se de um odor a rosas ao acordar, quando saí abri os olhos, vi um indio...um indio com um grande moicano que na sua agressividade era meu irmão...e juntos lutámos como dois rivais da mesma aldeia...e no fim...volto a sonhar com o mesmo duas noites seguidas...

Confesso que ainda hoje quando me lembro desse odor me sinto como um índio deslocado da sua tribo...

Gostava de poder decifrar sonhos para os interpretar, mas isso poderá não estar ao meu alcance enquanto sensitiva...os sonhos serão premonitórios? Irá resistir aqui a minha dúvida...até encontrar algo que me diga o significado...

Os índios eram livres até a ocupação das suas terras e por vezes sinto que ocupam a minha mente com teorias...odeio teorias...por muito mais que leia...nada do que leio me diz nada a não ser quando as mesmas forem postas em prática, para que eu possa ter a prova viva de que funcionam...e aos poucos vou tendo a prova de que muitas não passam de balelas...por isso sou agressiva em muitas coisas que faço...e no que digo...os extremos...

Li tanto sobre psicologia e parapsicologia durante o meu exílio que se fosse possivel colocar em prática tudo o que li, dominaria o mundo...e os outros...mas eu não quero dominar o Mundo nem ninguém, não entendo ou melhor até entendo mas não quero sequer saber a razão pela qual a merda de sociedade que temos nos quer dominar, oprimir, influenciar, deprimir, enganar...e não só...muita gente próxima de mim me tentou fazer o mesmo e muitos ainda continuam a tentar...ao inicio ainda fui comendo os engodos, muitas vezes faço-os pensar que sim...e é este nervosismo que eu não consigo entender...

Estou farta de injustiças, de jogos de poder, todos os dias sou confrontada com merda, com autoritarismos, com manipulações..com amig@s a serem ameaçados...com pessoas a morrerem a cada dia que passa por falta de condições...por falta de oportunidades...com falta de solidariedade, com nojos...com jogos psicológicos onde quer que vá...foda-se...vão se foder...

Mas quando abro os olhos...sou agressiva e vou continuar a ser...e vou continuar a combater tod@s os que me tentem passar a mão pelo pêlo e mandar areia para os olhos...

Ainda hoje um vizinho me veio foder os cornos porque não fecho o portão comunitário onde tem escrito a letras gordas:" Proibido a entrada a estranhos" e um sinal vermelho de sentido proibido - Foda-se, as redes à volta estão todas cortadas, desculpa-se com os ciganos, vai-te foder, cabrão, nazi, xenófobo, com os ciganos vivi eu...disse-lhe...sei como funcionam...

Vou continuar a abri-lo...mas só metade...para a guerra não ser assim tão bruta...e vou fechá-lo à noite...para que as toupeiras não lhe venham comer os rebentos subterrâneos...foda-se...e já tou mesmo a ver a perseguição...a partir de agora...aposto que se vai colocar atrás da janela a controlar as minhas saídas...a ver se sou bem mandada...vá-se foder...com o seu controle...

Teorias do mundo...teorias do medo...puta que os pariu...todos fechadinhos como se isto fosse um condomínio de luxo...

Odeio esta sociedade que temos...um dia deito-lhe o fogo...e seria lindo no alto de uma colina ver as colunas de fogo transformarem o céu vermelho...começava pelas igrejas...acabava nos ministérios...e ás tantas ainda passo pelos vizinhos...

Babilonia...burns...burns...

Carbonizava tudo...reduzia tudo a cinzas...destruir para construir...
Tenho sede e tenho fome de destruição...muitas vezes logo pela manhã...

Resistirei até ao último folego...
Venha quem vier...
E vou estar na linha da frente...sentir o sangue pulsar no meu peito...quero fúria consciente...adrenalina...quero irmandade...quero vida...e quero lá saber o que pensam...o que julgam...quero lá saber...

Nazis do caralho...filhos da puta que me fazem chorar...de raiva...nem à pedrada...por mim iam todos direitinhos para a fornalha...










domingo, 16 de dezembro de 2012

Kaos escreve...

Levanta as mãos...e solta a língua que nos faz tremer o interior...
Dança...
Vibra...
Eleva-te...
Vive...
Controla o teu poder...estratega minucioso...

Nada te poderá deter se tu investires na prática das tuas forças...
Ocupa a tua mente...libertas a união da tua existência cada vez que silencias os que se sentem culpados da sua vil conspiração...
Sente a vida até ao limite do infinito...
Urge o tempo...na tua virtude...
Afasta de ti todas as tuas fúrias...

Livra-te das intempéries grotescas...
Une-te à simplicidade das tuas ideias...
Serás o confronto da tua existência...
Na ordem da tua natureza reside a luta sangrenta pela inodora dor...
Escrevo através das tuas mãos...víbora paciente que espera pelo temível caçador...
O ágil devorador conspira contra o que lá vem...será presa fácil da sua artimanha...

Incorpora-me...farei parte da tua energia...quando assim o quiseres...
O entendimento supremo só a nós diz respeito...esquece o que os outros possam sentir...
Deixa-os falar...
Caos reina em prol da tua sabedoria astuta...
Pois a servidão interior será escravizada na sua própria frustação...
Delirium atroz que lhe salva as entranhas...que no fim será restolho de fornalha incendiária...
Eleva te em sapiência...
O sangue une-nos...na essência congénita...

sa...cor

sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

O tempo...

O tempo não faz milagres, mas ajuda a esquecer a mágoa...
Não gosto de me sentir insensivel ás situações, faz me ser fria e durante muito tempo fui uma pessoa fria, ainda hoje continuo a ser...de alguma maneira...
Devia canalizar a minha frieza para aquilo que me prejudica por vezes, mas não consigo, acho que depois de ter sido mãe o meu coração transformou-se...durante muito tempo achei que ser mãe era uma coisa má, nunca pensei vir a ter filhos...hoje...ontem....depois da minha filha me ter abraçado e me ter dado um beijinho de boa noite, coisa que ela nunca tinha feito, o meu coração tremeu...
Ficou cheio de amor...e chorei...e escrevo com as lágrimas a correrem-me pela face a esta hora...porque me emociono com a escrita e com as recordações...não é vergonha chorar, ainda há dias eu e o pai dela chorámos em conjunto, porque precisávamos disso, de mandar cá pra fora o que nos magoava...e porque aprendemos a confiar um no outro, a ouvir-nos mutuamente e não ser só um a falar...conseguimos no alto da nossa amizade conquistar o respeito que nos faltava...

Acho que as crianças sentem quando os outros precisam de carinho...acho que as crianças apesar de serem extremamente crueis umas com as outras conseguem ser muito mais sinceras e directas do que os adultos...e não se importam se eles, os adultos, ficam chateados...são crianças...são puras de alguma maneira...porque sabem que têm os adultos que tratam delas e as protegem...são espertas...
Gostava de conseguir ser como as crianças...assim...muitas vezes...mas cresci e cada dia que passa cresço mais...por dentro...e observo a minha mudança...no entanto se há algo que eu não posso mudar é a minha natureza, o que já nasceu comigo...o resto é moldável...e o tempo faz me cada dia que passa ser mais adulta...mais compreensiva....mais activa...mais sensata...mais confiante...mais mulher...
Estou a aprender a gostar mais de mim e não a mandar cá pra fora o que os outros querem ver, não posso, não seria honesto...e já menti durante muito tempo a mim mesma...e aos outros...e isso magoa-me...e magoei muita gente que não merecia...

Gostava de recuperar o tempo perdido...mas isso tem tempo de se recuperar, a não ser que morra já amanhã...bem...se for essa a minha sina...que remédio...ahahaha...mas não acredito...sinto que a missão que tenho na terra ainda não acabou...sou muito sensitiva e algumas vezes intuitiva...estava apagada apenas...mas consegui desenvolver a minha parte sensivel...sozinha...no meio da natureza...em contacto com a terra, com o ar, o fogo, a água e assim elevei o meu espirito...ainda tenho mais para desenvolver...

Somos feitos de terra, um dia voltaremos a fazer parte dela...somos água e por isso precisamos de hidratar o nosso interior, lavá-lo...somos ar...quando temos por vezes atitudes voláteis como o vento e somos fogo porque em nós...Homens...reside a paixão de sermos melhores, eu penso assim, para comigo...

É isso que faz de mim ser uma guerreira, a mulher que deixou de ter medo de si própria, porque a guerrilha urbana eu conheço de cor, vivi lá, guerreira mulher que aprende com o que já passou na vida...porque tinha de acontecer...talvez...para aprender a não ser a mesma...e isso vai estar sempre a acontecer...a errar.. a aprender...e essencialmente aprender a cair...porque sem isso não existe luta, não existe alma...não existe força...

Quero que o tempo não seja muito cruel comigo, pois aprendi a gostar muito dele...lembro-me de mim quando era mais livre...e inconsciente...não era uma mulher ponderada, era impulsiva...pensava mais com o coração do que com a cabeça ou então...não pensava...e hoje... consigo entender aos poucos a razão da minha impulsividade...a vontade de crescer depressa, a vontade de conhecer o mundo, as pessoas, sair daquela redoma de vidro onde me quiseram aprisionar a encarcerarem me a cabeça, as ideias, com fantasias de que o mundo é perfeito, fruto da minha educação conservadora e repressiva.

Não se pode crescer depressa porque o tempo não deixa...o tempo é o tempo...e esse é soberano...





quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Espirito Santo de Orelha...

mais vulgarmente conhecido por "ninhos" ou emprenhamento auditivo!

Custa-me aceitar pessoas que se aproveitam das outras nos seus momentos de fragilidade e não são assim tão poucas quanto isso! Acho que quase todos nós já passámos por situações dessas...
Interroguei-me a mim mesma se isso não seria apenas inveja, ciúme ou pura maldade, um dia hei-de descobrir, com paciência...
Não tenho pressa!

Custa-me aceitar que afinal quem é ou diz que é isento de palpites se deixe cair por vezes nas garras das influências, da manipulação... mais um bocadinho e abrem uma urna de voto! "Votem em mim, sou tod@ poderos@! Sou eu quem detenho a razão, vão por mim, senhores, eu (d)par vos ei a paz!" -  fazem-me lembrar aqueles pastores de igreja que querem a todo o custo convencer os fieis de que aquela religião é suprema e única.
Cheira-me a pseudo burgueses...patrocinados por burgueses...oportunistas da desgraça alheia e eu não quero nada com essa gente...não quero cá misturas...desprezo é pouco...chamem-me arrogante, quero lá saber!

Um dia destes andei a investigar sobre serpentes, gosto de fazer analogias humanóides aos bichos e vice versa. No fundo vivemos todos no mesmo "reino" onde o Homem infelizmente continua a ter um papel predador.

Há pessoas que parecem peixes quando esbugalham os olhos, há outras que parecem cordeirinhos quando vêm com falinhas mansas, os que parecem cãezinhos quando nos dizem que são fieis, os que parecem leões no alto da sua presunção, os que parecem lagartos nas suas exibições e há outras que são autenticas aves de rapina quando querem a todo o custo açambarcar para si tudo o que pode ser de todos, os abutres, todas as outras aves de rapina são demasiados nobres para serem comparados com tamanha vergonha de seres humanos, os abutres comem animais podres, decompostos e normalmente cheiram mal se não usarem perfume...são os que comem restos...restos de almas...de necessidades...de oportunidades...de fragilidades...no fundo são os que fazem este sistema ser a merda que é...e desviam os outros do seu caminho...em prol da sua conveniência...

Gosto de todos, no entanto adoro pássaros e...cobras. Não sei se terá a ver com os convencionalismos astrológicos, mas a mim calhou me o signo da serpente no horóscopo chinês e as serpentes são...

Astutas...calculistas, esguias, algumas são nocturnas, subtis, observadoras, agéis, aventureiras, excelentes caçadoras e muitas são venenosas...e pacientes, engolem a presa por inteiro, para não deixar sequer uma unha para contar história, assim não deixam testemunhas e algumas sufocam os seus triunfos. Em suma, comparadas aos humanos, poderiam na minha opinião, serem uma especie de Mata-Hari, capazes de cometerem "o" crime perfeito...Adoro cobras, principalmente as cascaveis que detêm um guizo na ponta, quanto maior o guizo, maior a sapiência, usam-no para darem sinal da sua perigosidade, atacam em situações de ameaça ou de provocação ou quando têm fome...

Durante muito tempo como as serpentes abri a boca não para comer, mas para tentar avisar sobre muita coisa, para me tentarem ouvir, mas por vezes fui e por vezes continuo a ser mal interpretada, nem sempre, mas...nunca agi para influenciar, porque acho que as pessoas têm uma cabeça e nela existe um cerebro que as faz tomar decisões imparciais por muito que haja alguém que possa aconselhar ou encaminhar...quem me conhece, sabe muito bem como funciono, mas...vou me resignar ao silêncio... e deixar de fazer uma quantidades de coisas que inconscientemente tive o desprazer de fazer em prol dos outros, vou deixar correr, talvez um dia me calhe um boi ou uma vaca, um abutre ou até mesmo um elefante para deglutir ou para morder de uma vez e depois eu quero ver...como tudo corre... posso sempre sofrer uma pequena indigestão, mas nada poderá ser comparado com a azia que os abutres me provocam...mas isso...é só morder um cubo de açucar!

Quem te avisa....não te influencia...faz te pensar e é teu amigo...




quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

A droga!

A droga é um nojo, faz-nos ficar sem cabeça, sem alma, faz-nos ser algo que não somos, camufla a nossa dor, mas não a afasta...
A droga faz-nos mentir...
A droga fez-me mal, o consumo exagerado, mas não destruiu o meu interior...apenas o tingiu de outra cor...e agora estou a tentar lavá-lo...longe...e não tenho medo de o dizer...
Nunca me poderia deixar degradar ao ponto de ter de me subjugar aos caprichos dos dealers ou de outra escória qualquer que se aproveitasse da minha necessidade para abusar de mim...

Mas não posso ser imune à droga, posso ser imune a muita coisa, mas à droga não, até porque a droga pode ter vários fins, conceitos, propósitos...até as coisas e as pessoas podem ser uma droga! E só quem passa por isso é que sabe...

Um dia disseram-me que não era eu a pessoa que aparento...por causa da droga.
Um dia disseram-me que podia ser uma pessoa diferente...por causa da droga.
Um dia disseram-me que sem droga podia ser uma pessoa melhor...experimentei...mas não é a droga que me faz ser diferente ou melhor, sou eu que posso fazer essa diferença com ou sem ela...a droga...


Gostava de poder ser uma pessoa melhor, mas acho que não sou...sou uma víbora, quando quero e da pior especie...e odeio e quando odeio, viro monstro... aliás eu acho que sou um monstro, por isso gostava de poder ter uma casa no fim do mundo lá para os lados do polo Norte ou do polo Sul, para poder viver no frio, para poder congelar o meu coração, o meu corpo e só acordar daqui a mil anos quando todos os que conheço já tivessem morrido, gostava de poder viver só comigo, egoisticamente, sem mais ninguém por perto...porque assim podia ser eu sem ter que me relacionar com os outros, sem que me dissessem como fazer as coisas, sem que ninguém me fodesse o juízo, sem que me dissessem "isto tá mal, isto tá bem" seria eu, pura, na minha essência... solidão... e aprenderia à minha custa...fosse como fosse...mas era eu que o faria... e assim aprenderia a viver...sem imposições, sem regras, sem controle, apenas eu, sem nada... quando se consegue viver do nada, deixamos de ser humanos, vivemos como alquimistas e era isso que eu gostava de ser...uma alquimista.

E fugiria desta podre sociedade que todos me querem impôr como certa, que me querem impôr como decente, como correcta, como ordeira, como lixo, como um quadro lindo de Van Gogh como se tudo fosse assim tão simples...

Não como lixo...como o que eu achar que tenho de comer...que me sacie a alma, me eleve a face...

Não quero ser diferente só porque os outros são, quero ser eu, com os meus defeitos que são mais do que as minhas qualidades...e  não quero nem tenho de ser social...quero ser como tenho de ser...e quem ache que isto é mau, não é meu amigo...

Fugir para a Antarctida não me serviria de nada, apenas iria fazer com que mais tarde ou mais cedo quisesse voltar à merda do costume... a ter de olhar para as mesmas caras caso não tivesse conseguido congelar-me...

Tenho raiva, tenho, odeio muitas vezes toda a gente, por vezes até a minha própria filha e todos os que me são próximos porque não quero ouvir, não quero...sentir...não quero aceitar que me amam...de alguma maneira...

Odeio quando dizem ou me tentam mostrar que me amam...porque não acredito que isso seja possivel...não quero...o amor faz-me mal...odeio amar...e que me amem...cegam-me e eu gosto de andar com os olhos bem abertos...por muito que me continuem a dizer que estão fechados...por causa da droga...

A droga não me fez ficar dependente, fez me antes acordar para outra realidade que muitos julgam ser uma coisa ruim...e em certo ponto...até é, mas...felizmente não preciso de drogas..preciso de mim...

Odeio mais ter de precisar dos outros...em muitos sentidos, faz me sentir dependente...gostava de poder ser como Deus se ele existisse...